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segunda-feira, 8 de junho de 2015

EU TE DISSE


Entro na cozinha de manhã. Quer dizer, entro na cozinha às 11h, que é toda a minha manhã. As ondas de calor desde a porta já me avisavam que tinha esquecido o forno aceso. Ele tem um dispositivo que o desliga, mas acho que funciona só para o gás sem combustão, porque o metal ardia de febre.

— Ai, amor, esqueci o forno ligado a noite toda.

— Eu te disse! — retumbou meu marido — Ainda te perguntei antes de dormir se tinha mais alguma coisa ligada e você disse que não.

Eu detesto um “eu te disse” ou um “eu te avisei”. Considero o maior desaforo, um abandono. Eu me sinto jogada na fossa do azar e da culpa. É claro que já sei que fiz errado, não compreendo esta necessidade de tripudiar no erro. Qual é a graça de chutar o morto exceto o mais puro e covarde sadismo? Nada mais havia a ser feito. Sei que sofremos o pênalti de minha desatenção. A madrugada transcorreu e todos acabamos na roleta russa dos hidrocarbonetos, incluindo as cachorras. Eu me senti a pior das cuidadoras, a mais TDAH das operadoras de fogão. Mirim, desajeitada, um pouco louca, infantil e idosa senil ao mesmo tempo. Quase chorei.

— Ai, amor, não fala “eu te disse”.  É a coisa mais triste de se ouvir numa hora dessas.

E ele, nada. Mudo como um ovo, seguia recolhendo as coisas para o elevador. Insensível, concluí. Continuei com meus argumentos debatendo o quanto me sinto sozinha, que apenas queria apoio e desabafar o medo.

Impassível, meu marido recolheu as chaves, guardou-as no bolso e ia se dirigindo para a porta.  Insisti:

— Não vai dizer nada?

— Vou. Acabou de fazer o mesmo comigo.

— Eeeu?

— Sim, senhora. Me largou um sonoro “eu te disse” quando fui procurar os cabides.

“Eu te disse”: avacalhando os casais desde sempre. Por favor, qualquer um, doravante me avise se me ouvir, distraída, ao deixar o butano queimando no quotidiano outra vez.

terça-feira, 12 de maio de 2015

O BEBÊ INVISÍVEL

Gisela Sparremberger — foto: Cinthya Verri

“Que mulher não gostaria de voltar dez quilos atrás? Basta manter o mesmo peso que tenho agora. Quando o bebê nascer, lá se vai o peso que ele representava. Essa fantasia de que grávida precisa de mais comida é discurso de baleia”.

Diz Biafra, minha personagem fictícia. Ela é uma jovem médica que sofre com a Pregorexia — o transtorno alimentar durante a gestação.

PREGORÉXICA é a gestante que dispensa a fila preferencial, como um orgulhoso aposentado; que sente vergonha de sentir necessidades especiais; que não quer mudar nada em sua vida “apenas” porque está grávida; que luta contra a mudança natural do corpo; que questiona o corpo abaulado como sendo natural.

“Mas, e a barriga? Porque se a atriz não usar uma barriga, o público vai achar que precisa imaginar uma”. Questionou Ismael Caneppele, meu amigo que lia o texto enquanto preparávamos a peça.

Pois é. E a barriga? Precisei explicar ao Isma que as pregoréxicas não têm barriga, mas uma barricada de músculos abdominais.

O fenômeno das grávidas sem barriga se dissemina. Basta uma pesquisa rápida na internet e surgem modelos já famosas por seu corpo contendo bebês invisíveis de oito meses de idade. Estão estampadas em campanhas publicitárias, ovacionadas ao exibirem seus corpos construídos com esmero. É o Ultimate Fighting da mulher: barriga sarada durante os nove meses. O útero subindo por trás das paredes; a musculatura túrgida no biquíni, nenhuma caloria a mais.

Especialistas afirmam que a saúde do bebê pode ser acompanhada através dos parâmetros da ecografia. Isso explica porque o bebê de Sarah Stage, modelo que exibiu a ausência da barriga nas redes sociais durante toda a gestação, nasceu com mais de três quilos e saúde aparentemente perfeita.

De fato, o desenvolvimento físico dos bebês não parece ser prejudicado, exceto nos casos extremos de restrição alimentar. Mas como medir o desenvolvimento psíquico e afetivo dos filhos da pregorexia? Qual é o preço da gravidez invisível?

O bebê precisa ser reconhecido, deve ser tornado plenamente visível, especialmente aos olhos da mãe.

A grávida não precisa ser gorda. A grávida precisa ser ampla, infinita no espaço que cria para seu bebê. Deixar-se ser uma grávida não é essencial para a sobrevivência do embrião, mas é essencial para tudo o mais que é invisível. O bebê não existe sem a mãe e a mãe não existe sem o bebê.

Quem dera Biafra fosse um estranho fruto de minha imaginação que vivesse somente no palco.

[Publicado no Jornal do Comércio, 12/05/2015]

quarta-feira, 6 de maio de 2015

O ESSENCIAL É INVISÍVEL


Grávidas sem barriga na internet dividem opiniões e 
reabrem o debate sobre o transtorno alimentar na gestação.

[A modelo brasileira Bella Falconi exibindo suas 18 semanas de gestação no Instagram.]



O PRINCÍPIO DA VIDA E A ILUSÃO DE PODER

Tudo começou com alguma célula no mar: aquela que fosse mais agressiva, sobrevivia. Depois, chegaram os Bonobos: macacos da África que compartilham 98,5% de nossa genética. Capazes de caminhar sobre duas pernas, de carregar comida com as mãos, capazes de se beijar na boca enquanto fazem amor — sim, Bonobos fazem sexo por prazer e para acalmar as tensões no grupo. Mas estes primatas estão em extinção porque são afetivos demais. Os homens, no entanto, afetivos e agressivos na medida certa, dominaram a terra do planeta. Matamos os neandertais e nos expandimos por toda parte graças à incrível capacidade de dominação que foi-se cristalizando nas proteínas de nosso código genético, que garantiu nossa permanência como espécie na natureza.

Temos ânsia de poder, queremos ter o controle: está escrito nas fitas do DNA, nos comandos reproduzidos incansavelmente em nossa cultura, na leitura que fazemos dos acontecimentos. Admiramos os fortes, os disciplinados: aqueles que atingem o que a maioria jamais conseguiu. Olhamos com idolatria para os que acumulam riqueza; ovacionamos os famosos; e não conseguimos resistir o olhar diante de um corpo magro — o corpo humano cuja pele coça os ossos; os contornos das lojas musculares definidos sob a superfície da pele. Essa forma que assumimos quando usamos nossa energia no limite, sem reservas. A magreza é a estética do poder.

"A magreza é a 
estética do poder."

Os freis jejuam, os faquires jejuam, as santas e os videntes jejuam. Ficar sem comer é um sagrado ritual nas culturas religiosas; é o autocontrole de resistir ao impulso básico de se alimentar.

Dominar o corpo como quem dominaria a alma; um corpo ágil para uma mente audaz; um corpo são para uma mente sã. São novos tempos de comida pura, de alimentações capazes de proteger nosso corpo das doenças e até mesmo da oxidação do tempo. Não aceitamos mais enferrujar. Queremos uma blindagem de antioxidantes, um escudo mágico feito de vitaminas, de nutrientes; feito de pratos coloridos e água, muita água — com baixo teor de sódio.  Sairemos da mesa com fome e exercitaremos nosso corpo todo santo dia. E assim tentamos manter a ilusão de poder sobre o acaso e sobre a morte.

Ortoréxico é o nome que se dá àquele que, além de ter fobia de engordar, apenas aceita se alimentar corretamente. Em “corretamente”, leia-se a nutrição biologicamente balanceada, organicamente produzida e preparada de modo a manter as propriedades nutricionais, sem calorias desnecessárias advindas de carboidratos de cadeia curta ou o acúmulo potencialmente fatal de gordura ruim. Nunca a química foi tão espontaneamente estudada. A vida fica resumida a contar proteínas, medir carboidratos e contabilizar calorias. Ortorexia é a anorexia disfarçada de bom para a saúde e em busca da longevidade. Mas todo transtorno alimentar ainda é uma desculpa para a busca de poder e controle; a satisfação que a ilusão que cada sacrifício pode nos proporcionar; privações que parecem uma poupança de vida. 

"Ortorexia é a anorexia 
disfarçada de bom para a saúde" 

E quem pode ser acusado de ser cauteloso, precavido ou organizado?

Aquele que consegue economizar dinheiro está melhor preparado para os imprevistos!, assim pensamos todos. Aquele que for capaz de cuidar de sua saúde, que louvável!; que correto! Assim pensamos todos.

Então, como condenar as grávidas que vigiam com zelo de pantera cada grama ingerida? Como repreender as futuras mamães que apenas cuidam do corpo para não exagerar; não ingerem a mais, não deixam de se preparar para o parto como um atleta para uma olimpíada, inclusive treinando e isolando a musculatura perineal que suas mães nem sabiam que existia. São atletas de alta performance as novas mães. Muitas delas, desavisadas, sofrem com a Pregorexia — o transtorno alimentar durante a gestação.
 
Pregoréxica é a gestante que dispensa a fila preferencial, como um orgulhoso aposentado; a gestante que sente vergonha de sentir necessidades especiais; a gestante que não quer mudar nada em sua vida “apenas” porque está grávida; a gestante que luta contra a mudança natural do corpo; que questiona o corpo abaulado como sendo natural.


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[Katy Basset precisou ser alimentada por uma sonda devido à gravidade do quadro.]

 
Antes do bebê mexer, quase toda mulher chora diante das roupas que não servem mais. Têm medo que seus maridos não as desejem. A gorda parece ser a antítese da sensualidade, sinônimo de desleixo e falta de disciplina. A gordinha vai ser a última escolhida na festa, a última a beijar na turma, a última da fila; o corpo pateticamente espremido na poltrona do avião, as fotos das modelos acusando seus crimes nas revistas de bordo. A gula, nosso nada secreto vício.

A gordura aponta nas pálpebras e corremos para a blefaroplastia, para a lipoescultura, para a drenagem linfática. Corremos na academia escondendo rápido nossos deslizes dietéticos, nossos pecados gastronômicos. Homens e mulheres querem se adaptar ao grupo: pertencer à casta dos fortes; pertencer a algum lugar; acreditar que fazem alguma coisa do jeito certo. Querem acreditar que têm alguma superioridade, mínima que seja, por vencer a gravidade; por imaginar que estão vencendo o tempo, a velhice e a morte.

"É proibido ser gorda, 
mesmo estando grávida."

Mas a gestante costuma testemunhar seu quadril alargado, quadrado, a bacia abrindo para a passagem da cabeça, os flancos inchados como um caubói, John Wayne da calça com cintura elástica. A cara de lua cheia, os mamilos escuros, os hormônios manchando o rosto como a sombra de uma borboleta. As grávidas se acham disformes enquanto assumem a forma da gravidez. Um belo dia, a barriga treme num terremoto de vísceras: é quando o bebê faz seu manifesto. É quando a gravidez nasce para a gestante.

Ao menos era assim. O fenômeno das grávidas sem barriga se dissemina pela internet. Apesar de não ser assunto novo na medicina, a abordagem é nova. Essas mulheres são aplaudidas ao exibirem seus corpos construídos com esmero entre exercícios isométricos, atividade aeróbica e circuito de treinamento funcional. Elas carregam bebês invisíveis.

Havia a competição, desde a década de oitenta: quem volta ao peso original em tempo recorde?  Como isso já se tornou notícia antiga, o novo desafio é: quem consegue manter o mesmo corpo durante a gravidez?

É o Ultimate Fighting da mulher: barriga sarada durante os nove meses. O útero subindo por trás das paredes; a musculatura túrgida no biquíni, nenhuma caloria a mais.

Especialistas afirmam que a saúde do bebê pode ser avaliada pela altura uterina, pelo líquido amniótico e pelo ultrassom. Isso explica porque o bebê de Sarah Stage, modelo que exibiu a barriga chapada nas redes sociais durante toda a gestação, nasceu com mais de três quilos e saúde perfeita.

De fato, o desenvolvimento físico dos bebês não parece ser prejudicado, exceto nos casos extremos de restrição alimentar. Mas como medir o desenvolvimento psíquico e afetivo dos filhos da pregorexia? Qual é o preço da gravidez invisível? São danos invisíveis.
                                       

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[Sarah Stage, em campanha publicitária, com oito meses de gravidez]



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[Sarah Stage, posa para o Instagram, quatro dias após dar à luz ao pequeno James Hunter.]




A PRIMEIRA INFÂNCIA

O bebê não existe sem a mãe e a mãe não existe sem o bebê. Foi Donald Winnicot quem desenhou essa tese. Pediatra e psicanalista inglês, este médico ouviu os bebês de modo inédito em sua época. Infelizmente, uma abordagem ainda pouco comum.

Para Winnicott, cada bebê nasce com potencial para amadurecer e para se integrar. Essa tendência é inata, mas isso não garante que ela vá se realizar: o potencial depende de um ambiente facilitador que forneça os cuidados de que o bebê precisa. Esse ambiente não depende de um berço com colchão da NASA e nem de outra tecnologia cara. Esse ambiente não depende de uma mãe experiente, correta e higiênica. Esse ambiente é a mãe suficientemente boa.

A mãe suficientemente boa é aquela que se adapta ativamente às necessidades do bebê. Não basta que a mãe olhe para o seu filho para realizar atividades mecânicas ordinárias, gestos sem sentimento, que supram as necessidades dele; é necessário que ela veja seu bebê e perceba como fazer para satisfazê-lo; que ela possa reconhecê-lo como diferente dela mesma e dos outros, reconhecer suas particularidades. O bebê depende do olhar da mãe.

"Ninguém nasce devendo 
a própria vida a alguém." 

Da relação saudável e única que ocorre entre a mãe e o bebê, emergem os fundamentos da constituição da pessoa e do desenvolvimento emocional-afetivo da criança. É o cerne da vida emocional de cada pessoa.

A mãe aprende a segurar o bebê desde a gestação. Ela o carrega dentro enquanto ele se forma e deverá segurá-lo quando nascer. Winnicot chamou “holding” essa função materna tão essencial para a formação e o desenvolvimento humano. A mãe não apenas espera seu bebê quando está grávida; ela já o segura com o corpo que se modifica junto com a realidade.

Nada será como antes. Mesmo que o corpo aparentemente volte ao normal, o normal não volta ao normal.

O bebê nasce para viver sua própria vida e fazer da parturiente uma mãe. O bebê não deve nada a ninguém. Ninguém nasce devendo a própria vida a alguém. A mãe, ao contrário, é quem escolheu o desafio de gozar o privilégio que a natureza lhe concedeu. Está cumprindo o mandato genético de permanecer vivo. Vai embarcar na maior aventura de todas: dar continuidade à espécie.

Sim, o bebê precisa ser reconhecido, deve ser tornado plenamente visível, especialmente aos olhos da mãe. Ele é o rei da casa, plenamente outorgado pelas leis da natureza. Ele precisa de tudo e isso é uma questão de vida ou morte.  Colo demais não estraga, amor demais não existe. As mães precisam ser estimuladas para que tenham coragem de amar desmedidamente seus filhos. Porque se assim o fizerem, aceitarão com naturalidade o tempo que dependem totalmente dela e o momento em  que se desapegam tranquilamente dela.  

"O bebê não existe sem a mãe e 
a mãe não existe sem o bebê. "

A grávida não precisa ser gorda. A grávida precisa ser ampla, infinita no espaço que cria para seu bebê. Deixar-se ser uma grávida não é essencial para a sobrevivência do embrião, mas é essencial para tudo o mais que é invisível. O bebê não existe sem a mãe e a mãe não existe sem o bebê. Não há poder. Nenhum está submetido ao outro. Essa é a relação de amor.


A SEMANA DO BEBÊ EM CANELA

Para chamar atenção para as necessidades dos bebês, há 16 anos, Canela realiza a Semana do Bebê. Idealizada pelos psiquiatras Odon Frederico Cavalcanti Carneiro Monteiro e Salvador Celia, a Semana do Bebê foi reconhecida pela Unicef em sua importância. A organização mundial dedica uma página na internet [http://www.semanadobebe.org.br/] com todas as informações necessárias para as prefeituras que queriam realizar sua própria atividade em prol da saúde dos bebês. Mais de 800 Semanas do Bebê já foram realizadas em mais de 500 municípios.

Entre muitos eventos, destacam-se mesas redondas com estudiosos e especialistas, conferências e debates que acontecem na cidade; além de encontros para capacitação dos professores, conversas com alunos nas salas de aula e um desfile no domingo, onde a cidade exibe seus bebês em uma marcha pela proteção da primeira infância.

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[Passeata dos Bebês em Canela-RS]


Este ano, a Semana do Bebê acontece  entre 10 e 17 de maio e o patrono será o psiquiatra e psicanalista Celso Gutfreind.




BIAFRA: UM ESPETÁCULO TEATRAL SOBRE A PREGOREXIA
Novo espetáculo abre as portas do imaginário silencioso da gestação e do Transtorno Alimentar.



Gisela Sparremberger é Biafra





Nas duas primeiras semanas de junho, acontece a temporada de estreia de “Biafra”, no Teatro de Arena, no centro de Porto Alegre. O texto é baseado no romance homônimo de Cínthya Verri, vencedor do Prêmio Biblioteca Nacional 2012.

Cristiano Godinho é quem conduz o espetáculo. Ator, roteirista e produtor teatral, Godinho dirige o monólogo que desafia a todos. Em sua carreira artística, trabalhou em diversos espetáculos, entre eles, o fenômeno da internet e de público, “Coisas que Porto Alegre Fala” que estreou em abril, no Netflix.

Um monólogo que questiona os valores da infância, o certo e o errado, a liberdade que a mulher, protagonista de sua época, acredita ter. Revela a guerra que todos experimentamos entre o sim e o não ao amor e à vida. 
Gisela Sparremberger também é integrante do “Coisas Que Porto Alegre Fala”: foi lá que nasceu a cumplicidade, e agora seguem a parceria. Gisela incorpora Biafra. A atriz encara o drama com a mesma seriedade que a consagrou na comédia diante de mais de quinze mil pessoas no palco.


Cínthya Verri é médica, escritora e comunicadora. Idealizou o texto a partir de sua autobiografia, experiência pessoal com o Transtorno Alimentar e abordagem no consultório, embora “a maior parte do texto seja ficção”, revela.
  

Nos últimos vinte e cinco anos, intelectuais acadêmicos, cientistas sociais e outros observadores finalmente ousaram questionar e dessacralizar a maternidade. Nenhuma mulher pode falar com segurança sobre as alegrias de ser mãe sem antes reconhecer os grandes sofrimentos que o processo implica.

Durante a gestação, a personagem apresenta a transparência psíquica, fenômeno típico da gravidez, onde se revivem todas os dramas que viveu até ali.

Biafra é uma jovem médica que está inesperadamente grávida e sofre com a Pregorexia.



FICHA TÉCNICA

Direção: Cristiano Godinho

Roteiro: Cínthya Verri


Elenco: Gisela Sparremberger


Preparação Corporal: Thais Petzhold

Cenário: Carolina Falcão e Pablo Herzog

Luz: Marga Ferreira

Trilha Sonora: Fernando Matos e Cínthya Verri

Operação de Som: José Derly

Figurinos: Thais Partichelli Biazus

Produção: Cristiano Godinho e Cínthya Verri


SERVIÇO

Onde? Teatro de Arena — Av. Borges de Medeiros, 835 (Centro).
Quando? De 05 a 14 de junho de 2015; Sextas e sábados, às 21h e domingos, às 20h.
Quanto? R$ 30,00 inteira; R$ 15,00 estudantes, idosos e classe artística mediante identificação.
Como? Ingressos à venda no local (uma hora antes do espetáculo); antecipados na livraria Bamboletras (Rua General Lima e Silva, 776 Loja 03)